A história dos elementos

” Quando eu era menino, dizia-se que existiam 92 elementos. Eram todos diferentes e podiam combinar-se com outros elementos para formar milhões de compostos. Eram os ‘blocos básicos dos quais era feito o universo’. “


“… A química começou a deixar para trás suas raízes alquímicas no século 18, em parte com a descoberta de grande número de novos elementos. Entre 1735 e 1826, nada menos do que 40 novos elementos foram acrescentados aos nove conhecidos na Antiguidade (cobre, prata, ouro, ferro, mercúrio, chumbo, estanho, enxofre e carbono) e aos quatro ou cinco descobertos durante a Idade Média (fósforo, arsênio, antimônio, bismuto e zinco) “


“… Em 1817, o químico alemão Dobereiner (amigo e professor de química de Goethe) observou que as massas atômicas dos metais alcalino-terrosos formavam uma série, na qual a massa atômica do estrôncio ficava a meio caminho entre as do cálcio e do bário. Mais tarde, ele descobriu que outras tríades desse tipo -lítio, sódio e potássio; enxofre, selênio e telúrio; cloro, bromo e iodo etc.- formavam sequências semelhantes de massa atômica. “

“… Finalmente, em 1860, foi realizada em Karlsruhe a primeira conferência internacional de químicos da história, com o objetivo expresso de esclarecer a confusão em torno dos átomos, moléculas, massas atômicas e valências, e a proposta de Cannizarro, apresentada com argumentos belíssimos, foi aceita, levando a um consenso. Finalmente, com massas atômicas corrigidas e uma idéia clara da valência, estava aberto o caminho para uma classificação abrangente dos elementos. “

FONTE: SACKS, Oliver. 1999. A história dos elementos. Folha de S.Paulo. 13 de junho. +Mais!

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